Pois é.

A tua presença longínqua que perto e demorada corrompe a minha cada vez que as nossas mãos se tocam no distinto tempo que um mero adeus demora a encerrar.
Encerra o tempo que não quero que termine pela doce melodia que comporta e abarca um cheio sentimento de saciedade que completa o espaço que nem é meu nem é teu e muito menos é nosso.
É nosso o olhar que se escapa para outros rostos que culminam na ignorância vã e na vergonha do sentimento maior que desperta com o sol que aquece os nossos dias e cujo gelo algum alguma vez conseguirá quebrar.
Quebrados estão nossos ossos pela frágil e vanguardista dose de loucura que os fazem estremecer de ilusão e de vontade de assistir ao vento a passar numa paragem de festas que jamais corroem a sã vontade de um fio unido num nó extremamente forte e sem qualquer remendo de passado a importunar-lhe a ligação.
Pois é. Palavras que escapam num mar de mensagens flutuantes que poderão um dia aportar numa vida de reais afectos demorados com lembranças disparatadas de largar gargalhadas e cumplicidades que apenas terminam na tão verdadeira certeza de que foi este o trilho que traçamos para uma vida louca e oca de desamor e tristezas.

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