Esse teu oco coração reclama o vazio doloroso em que se vai enterrando desdenhosamente.
Reclama o socorro leviano e aventureiro capaz de tapar cada buraco da agulha afiada que o esvaziou de afectos dissidentes e desmesuradamente necessários.
Reclama o corriqueiro encarnado que pulsa em cada pequena gota que vai entrando e saindo com falta da alma enamorada que tão delicadamente o podia preencher.
Reclama cada batimento acelerado e cada palpitação que suscita tremores e desloca umas quantas borboletas para o tão alimentado estômago.
Reclama pelo preenchimento eficaz de vida e reclama pelo esgueirar do um sorriso aberto de profundo gostar.
Reclama.


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