Sinto-me invadida por um sentir de inveja
Pela natural ligação entre as suas cores
As suas almas
Aproximam-se sem repararem
Unem-se sem sequer hesitarem
A respiração invernosa cobre-me de cima a baixo
O ser quente é tão mais pequeno
Que a noite transforma-o com monstruosas sombras
Tão sombrias
Tão vazias
Falta o som do orvalho a cair
Para a paisagem se definir
Com mais relevo a se lhe somar
O verbo enervar continua bem presente
A inveja continua sem o meu chegar
Falta um relacionamento unido a esta visualização
A mão está fria e parece não querer continuar
A agarrar a janela que só lhe traz pesar
A neve continua a cair lá fora
E o meu pinheiro metamorfoseou-se claramente
Tal como o meu pensamento
Dizendo que nunca conseguirei
Aquecer a minha mão dormente.
Aquecer a minha mão dormente.
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