Apetece-me sair de casa...
Deixar o telemóvel que não pára de tocar, o computador que já não me faz viajar, deixar os livros e os cadernos, as palavras soltas que vagueiam pelas páginas e os riscos desenhados por um lápis por afiar. Deixar a televisão e as suas novelas sempre iguais, deixar os jornais com as notícias que enegrecem o mundo que tanto desejo pintar com o arco-íris que me dificulta o seu aparecer.
Apetece-me fugir... Só eu e o meu consciente que me está sempre a dar informações, a permitir o meu pensamento que se enrola feito novelo de lã numa simples brincadeira com o gato da vizinha ou feito bola de neve num inverno que gela os ossos e os corações que têm dificuldade em desabrochar e submeter-se ao amor.
Apetece-me sair deste mundo que é sempre igual e que não me torna diferente por querer fugir sem o poder fazer...
Tu podes vir comigo, se quiseres. Gostava muito de ter a tua companhia sempre na minha vida. Fazes-me rir de mim e dos outros numa vida que tem tão pouca graça.
Foges comigo para bem longe deste mundo?
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