Preenchida*


Cansada e com a pele ainda molhada de uma chuva de amor que consegue sempre preencher-me e fazer com que, por momentos, não sinta falta de mais nada, de mais ninguém.


O frio sentido e o nevoeiro cerrado descartam a hipótese de tempo desperdiçado... Valem as escorregadelas a três, o pó que nos agarra à terra, as formigas e os outros insectos sedentos de atenção, a escuridão iluminada pelas nossas gargalhadas naturais, as notas soltas de melodias emocionais. Valiosidades que não podem ser roubadas porque se encontram esculpidas numa raiz tão forte que aumenta a cada dia que passa e faz brilhar uma vida cheia de nada.


Completa*

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