"As figuras imaginárias têm mais relevo e verdade que as reais." Fernando Pessoa

Tu existes e marcas a diferença pela mera mentira que te faz esconder o rosto ou distrair a atenção para um rumo distinto e tenebroso. Tenebroso pelo que a mentira comporta num sonho de lucidez e vontade de seres o ser perfeito que necessito conhecer. Não conheço pela falta de verdade, pela impossibilidade de entrar na tua mente, achando estar já no teu coração pela pouca verdade das palavras. Palavras essas que nada dizem só pelo elucidar da distância e pela ousadia terrena duma mão equestre na minha vida que me meiga de nadas demasiado relevantes para não serem tidos em conta. Relevo que continuo a dar sem precisar sentir a dor da ausência leve e demasiado saudosa para magoar a ferida criada e cujo álcool continua a não fazer o verdadeiro efeito desejado para sorrir no imaginário mundo que construí e que altera o real caminho que deveria trilhar. O meu trilho, cujo destino desconheço, muda a cada segundo que passa e novos acontecimentos giram qual ventoinha electrizada pelo som tocante de um canto desvirtuado do rumo inicial que começa num esgueiro sorriso que desaparece a cada passada real mas que vive sempre no imaginário do meu ser envolto em lágrimas sorridentes de tudos e de nadas num ciclo de verdades mentirosas no meu mundo que é real e inventado que me dissolve e me delineia que me suscita interrogações e pensamentos demorados e me compadece de incertezas e mistérios dolorosamente desafiantes e cuja complexidade me faz desistir de perceber em que real/imaginário mundo me encontro.

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