Rabiscar umas letrinhas numa folha de papel que se amachuca com o tempo e a falta de cuidado dada às palavras.
Premir uma tecla cujo símbolo surge como que instantaneamente num ecrã sujo de investidas indicadoras de reacções múltiplas aos estímulos provocados por este, é tão fácil, rápido e banal.
Aprende-se a escrever em poucos meses e a dificuldade que pode ser sentida desaparece mal apareça a felicidade de uma frase escrita com determinação.
Escrever é tão simples que a facilidade de perceber os escritos se torna complexa face a uma mistura de palavras com sentimentos que fazem perder o nexo na sua conjugação, mas que têm a capacidade de gerir o coração.
Posso escrever que gosto, que amo, que odeio ou que detesto, cada mera palavra solta tem o significado que é conhecido e compreendido com facilidade.
Mas a união de palavras, actos e vidas torna a escrita complicada e generosa, complicada e desprezante.
Torna a escrita num sonho iludido com vidas cruzadas de afecto e escárnio...
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